Há dias que por muitas palavras que escreva nenhuma chega para definir a tua falta.


A tua boca move-se,
percorre a distancia larga
que nos faz estrangeiros
na terra das vontades.

A tua boca achega-se como um ímã que me atrai
e me faz dos lábios teu divã coçado e gasto
onde te aconchegas
e lês as histórias
que guardas
para os momentos
mais teus.


A tua boca cola-se com a minha boca,
entra dentro de mim
e abre-me a janela
onde me encosto
e cresce o desejo
de me deixar ficar



A tua boca deixa-me
e meus olhos vigiam-te
hipnotizados desse momento
que se guarda
na vontade
de outro e outro.



A tua boca chama-me e eu parto
no destino de um caminho
que percorro célere
para retornar
a terna volta do teu beijo.